sábado, 16 de fevereiro de 2013

Feliz Aniversário Reginaluz!

Ela é a Rainha do Reino do clarear. Tem Luz no nome, luz na vida, luz na alma.
Desejo a você o que desejas para si.
Peço que tu deguste cada sabor do seu caminho único. Que estejas bem acompanhada. E saiba também ser só... não por mais tempo que a medida salutar da solidão. Que os amigos, a alegria e a aceitação reinem em abundância.
Viva a sua riqueza verdadeira!
Com as saudações do Tambor e da Rainha.
Feliz primavera...
 





sexta-feira, 15 de fevereiro de 2013

Livra de mim...

Mim adora idealizar.

Idealiza e pensa. Pensa e Idealiza.

E não faz isso só por mim, faz por todos nós.

Mim tira a verdade da vida.

Impede a aceitação da realidade.

Gosta de tudo de pernas pro ar...

Deus livra me de mim.

Livra me das idealizações de mim...

Livro me das idealizações de mim...

Na liberdade da alma... as idealizações são apenas idealizações... apenas e tão pouco idealizações.


quarta-feira, 6 de fevereiro de 2013

Para deixar meu coração vibrar em paz...





A maré enche e torna a vazar...
As flores brotam e perfumam... logo em seguida, murcham...
A lua que cresce ... é certo que mingua...
As festividades, assim como chegam... passam...
Os amigos retornam sempre ás suas próprias casas...
Vem o outono, chega o inverno...
e a completude com a primavera... o calor se apresenta no verão...

Efêmera vida...

Mas seu Amor silencioso no meu coração, em movimento de aprofundamento... segue constante... que a nossa ligação nunca se perca.
Que mais e mais a verdade se ilumine...
Sou grata pela sua guiança... que dissolve os véus da ignorância.
Me mostra o que sou...

L i b e r d a d e . . .

Gratidão...

domingo, 3 de fevereiro de 2013

mergulhei no azul... até sangrar em terra firme com a lua minguando...

Mas o que seria uma festa no mar...?
Foi dia de Iemanja...
ao invés de lhe ofertar um presente e prestar homenagem...
presente ganhei eu...
A Rainha me mergulhou... até o abissal profundo... aonde o azul é negro, aonde a sozinhez se faz mais só... aonde se esconde o tesouro de saturno...
Um mergulho, uma travessia, um umbral...
a princípio achei estranho...
como assim o dia de Iemanjá, não ter cheiro de rosas?...
Mas mergulhada perdi um tanto de meu olfato...
E na verdade o trabalho era outro, não se tratava de sentir o perfume...
tratava de ser real... conhecer as nossas emoções, nem sempre cheira bem...
Azul, Azul... fui mergulhando mais profundo, fui buscar lá no fundo minha nova coroa... fui abrir a ostra, colher nova pérola... me olhar no espelho, da Iemanjá Sobá, delas todas o aspecto mais antigo... a mais velha, a que Sabe. E ela era preta, preta, pretinha.
Não dancei, nem escutei o som dos atabaques, unida a comunidade... apenas mergulhei no silêncio, e silêncio as vezes não é ausência de barulho... é sim, escutar tudo quanto pede pra ser ouvido por dentro, real, ilusório, bonito ou feio... silêncio é a humildade de ouvir o que me habita... ouvi o que pude... não lutei, apesar de receber a visita do medo, a visita da culpa, a visita da arrogância de querer mudar o outro, a intolerância de querer mudar a mim... no entanto, de tanta estranhez, quis tentar explicar... palavras apenas, palavras pequenas...
pensei que ia enlouquecer... tudo balançou...
Escutei sabedoria amorosa de Netuno, - aquele bardudo - com sol já quase raiando, alguma coisa no meu inconsciente se clareando.

enlouqueci. cresci. menstruei.

compreendi enfim...

sexta-feira, 1 de fevereiro de 2013

Navego serena, neste mar revolto...

Ilustração : Shilo Shiv Shuleman
 
 
Eu sou aquele navio
no mar sem rumo e sem dono.
Tenho a miragem do porto
pra reconfortar meu sono,
e flutuar sobre as águas
da maré do abandono
Ê lá no mar
Eu vi uma maravilha.
Vi o rosto de uma ilha
Numa noite de luar
Êta luar
Lumiou meu navio,
Quem vai lá no mar bravio
Não sabe o que vai achar...

E sou a ilha deserta
Onde ninguém quer chegar.
Lendo a rota das estrelas,
na imensidão do mar
chorando por um navio
ai, ai, ui, ui
Que passou sem lhe avistar.