quarta-feira, 17 de dezembro de 2014

viver é lavar roupa...

água, muita água, sabão, amaciante...

lavei.

pendurei no varal.

se fizer sol seca...

se ventar seca também...

se chover é porque ainda não limpou.

lava de novo...

pendura...

deixa lá...

até secar...

lavou tá nova.

secou tá pronta.

eis a vida...

sábado, 6 de dezembro de 2014

Coei um litro de café...

meu lugar é junto ao calor, quero estar unida as colheres de pau, colhendo o alimento verde e vivo que brota da terra depois da chuva.

Trago em mim os sabores que a vida contém. De todos eles, reservo o momento especial para o doce. Sabor para se sentir... na força das minhas entranhas crio raízes em mim, sustento no peito a doçura.

A ternura é uma revolução.

Aonde há afeto, não vigora o medo.

De todas as ciências exatas que se pode estudar, qual delas compreenderia a alma de um contador de estórias?

Eu sou assim tecida por esses fios, o vento que move as velas do meu barco é a alma sedenta por experiências, grande curiosa a respeito do que seria consciência.

No prato que como, me nutro de respeito, nessa comida que se prepara com o tempo, vou aprendendo a sentir por trás de tudo o aroma da compaixão... a vida é uma aventura, é tão possível e tão provável que eu me perca, faz parte da paixão de querer me encontrar.

Coei um litro de café. Bebi poesia. Estou possuída. Sigo costurando a liberdade da minha vida... embalando uma ideia fértil de cada vez.