domingo, 30 de novembro de 2014

A minha alma é uma doce peregrina...

Nada teme,
nada prende...
tudo equilibra em mim.

Sigo concentrada.

A vida é um grande picadeiro.

Circo a céu aberto.

Que não me falte o lúdico e a lucidez.

A cada instante tomo refúgio aos pés da verdade.

A única rede de proteção é o amor-próprio... se cair, levantar, saber que para todo machucado existe remédio.

Deixa a alma ser,
somos mesmo feitos para brilhar.

Futuro é apenas uma palavra. Quando caminho com os pés da minha alma, futuro é apenas o nome de um território sagrado o qual não temo, pois ao tornar-se chão, automaticamente já é o presente... território livre do agora.

terça-feira, 18 de novembro de 2014

Quanto mais puxar por mim, mais eu tenho que te dar...

Vou puxando pela Sabedoria que nunca que me deixa na mão.

Pela soberania que me alumia, pela alegria que se expressa por mim de maneira única.

Sou eu que vou entrando pela casa e irradiando presença.

Aonde quer que a mulher se encontre, ali ela é um pilar, aonde quer que esteja reside nela a capacidade de fazer um lar.

Sou eu que faço a alquimia de tornar os objetos vivos, a escrita um acalento, o canto uma proteção.

Sou eu meu próprio remédio.

Sou eu a única ponte entre o que sinto, faço e falo.

Não venho rogar por coerência pura e simples e ainda por cima racional. Se existe algo para se rogar nesse momento, de joelhos eu rogo apenas a ousadia de entregar o trono ao meu ser verdadeiro, o ser que nunca jamais necessita de punição, de correção e tentativa. O ser que sabe, o ser que é... na beleza, na integridade, na equanimidade. tudo mais é só um jogo... pleno de papéis, funções e também de diversões.

E de tudo quanto for prece, não me deixe esquecer do senso de humor, e do senso de amor, porque quando eu olho para o céu vejo essa beleza imensa se rasgando em branco, azul, preto e cinza, e rosa, e anil... os raios dourados que dizem sim. A chuva fina e intensa que me recorda que a natureza também tem suas lágrimas.

E em tudo que me dizes, me dizes sobre respeito... e em todas as tuas palavras poucas e essenciais, me dizes sobre o profundo... uma fertilidade em significado único.

Vou comprar uma pistola de cola quente, colar na cabeça minha coroa, colar minha bunda no trono. Brincadeiras a parte, é nesse lugar sim que escolho estar, sem cola, pois meu exercício é aprender a sustentar minha coroa. Sem falsidade, porque o brilho do ouro só não cega quem sabe provar do amor maduro.

Sigo na fé. Que o meu corpo seja para vós um templo. Que o meu fazer seja alimento para a vida.  Agradeço a inspiração que não me abandona, agradeço a confiança.

Sigo, um olho fechado olhando para dentro, um olho aberto olhando para fora. Eu sou a ponte da verdade.

Carinho generosidade e safadeza, isso afinal é força né?