domingo, 29 de março de 2015

é um perigo essencial.

Dança.
Fluxo.
Me deixar levar.
Convidar.
Instigar.
O território da parceria, nunca haverá de excluir o perigo.
O outro é um inevitável abismo.
Mas lá embaixo há de ter uma rede de proteção, essa queda deve de poder ser amortecida. Não preciso me esbugalhar no chão para provar dessa endorfina. O desconhecido que se revela. O espelho reflete a beleza do mais antigo mistério... a vida é enamoramento.
Que o amor, e o acasalamento, possa ser para mim doce medicina.
O yin nutre yang que fica forte para trabalhar e trabalha!
Para aquela que tudo sabe, as minhas preces estão feitas, uma gota de tua inteligência para inundar de sanidade as minhas atitudes perante a dança da vida.
Falar é fácil, mas desejo profundo que viver seja possível.







rádio da Rainha. domingo 29.03 ás 10:43 - horário de Brasília


quinta-feira, 19 de março de 2015

costurando o dia na barra da saia da noite. minha vida é essa dança.

costurando o dia na barra da saia da noite.
minha vida é essa dança.
o escuro.
o amanhecer.
ser forte para ser leve.
ser leve para ser forte.
me nutrir no banquete das escolhas, por vezes agridoces, mas que ao saboreadas todas retribuem o preço que a mim custaram.
um pitada de sal para embalar a ternura que trago em meu abraço.
tenho sido amante do meu cotidiano.
e não sinto demasiado temor quando a princesa primavera cede aos encantos do inverno... com uma pequena tocha de fogo passeio em silêncio nesse absurdo breu que me acolhe.
tempo rei, pai do finito, filho do eterno, és tu um belo pregador de peças, quase um zombeteiro a rir de minha condição humana... mesmo assim te tomo como amigo, e se acaso quiseres contar comigo, tua amiga sou, e aceito com naturalidade tudo que agora ainda não podes me dizer... apenas não me deixe faltar linhas, enquanto não me revelas do por vir, bordo estrelas para fazer o dia dormir.


 
( altar amarelo, 1987, óleo sobre tela - Adriana Varejão)


                                         ( Natividade, 1987, óleo sobre tela- Adriana Varejão )

terça-feira, 3 de março de 2015

menos é mais.

".Menos whatsapp, e mais “alô?”;
 .Menos selfies, mais self-confidence.
 .Menos “a gente se fala” e mais “tô passando aí”.
 .Menos dietas, e mais equilíbrio.
 .Menos risquinhos azuis, e mais “pode falar, tô te escutando”;
 .Menos banhos de água fria, mais banhos de mar agarrados;
 .Menos iPhones, mais eye-contact;
 .Menos neura, mais “se joga”;
 .Menos anos bissextos e mais anos sabáticos;
 .Menos pista bloqueada, mais pista de dança;
 .Menos ondas da moda, mais ondas dropadas, mergulhadas;
 .Menos culpa, mais masturbação.
 .Menos eletricidade entre aparelhos, e mais eletricidade entre as pessoas;
 .Menos desculpas, mais desafios;
 .Menos mimimi, mais beijo na boca;
 .Menos “não vou, tô com medo”, mais “vou sim, vou com medo mesmo”;
 .Menos “tô cansada da reunião”, mais “sim, tô louca por um happy hour”;
 .Menos roupa suja pra lavar, ou menos roupa, ponto (ambiguidade).
 .Menos fofocas alheias, e mais histórias de autoria própria;
 .Menos reclamações, mais atitude.
 .Menos agrotóxicos, mais hortas de janela.
 .Menos consumo de água, mais banhos acompanhados;
 .Menos resmungos, mais suspiros;
 .Menos expressão blasé, mais sorrisos convidativos;
 .Menos contatos “do Face”, mais contato com o mundo;
 .Menos pedras no caminho, mais caminhos sobre as pedras;
 .Menos distância, mais áudios de madrugada dizendo “mesmo daqui, to pensando em você”.
 .Menos preocupações, mais praia.
 .Menos “o que os outros vão pensar”, mais “quem me define sou eu!”
 .Menos felicidade enlatada, mais felicidade cozinhada, com carinho e ingredientes selecionados.
.Menos limites, mais fronteiras cruzadas;
.Menos peso nas costas, muito menos na consciência."

lista de soluções para 2015 - adaptada do post original do blog Antonia no Divã - http://antonianodiva.com.br/efemerides/re-solucoes/

domingo, 1 de março de 2015

tô tinindo. tô trincando. rádio da Rainha - especial de domingo - tributo novos baianos.


rádio da Rainha. domingo 01.03 ás 10:09 horário de Brasília

 
 

Descondiono, logo existo.

" Estabelecer limites, descondicionar, permitir-se mudar de narrativa, direção, respirar. Para isto escolher: Ir embora ou ficar? Antes de qualquer coisa, entender-se dentro do contexto ou do conflito. Perceber quão desconfortável ou aconchegante. Se extrai luz ou esvazia. Se há troca e parceria. Saber receber para doar-se sem doer. Estar tão complemente confortável na própria pele que o Outro jamais será uma invasão, mas uma possibilidade de ajuste ou a necessidade de dizer um doloroso ou convicto ‘não’. Preservar sua individualidade para respeitar a alheia."