domingo, 28 de agosto de 2011

No dia que eu voltei pra casa...

Cheguei!
Abri a porta!
Entrei!
Tirei com leveza e rapidez todos os panos coloridos que cobriam os móveis!
 Peguei a vassoura, ao varrer a poeira pude ver desenhos entalhados no chão, quanta beleza!.
Fui abrindo as janelas, dando permissão para o sol entrar.
Na cozinha , Acendi o fogo! Com água quente fiz infusão de alfazema e alecrim!
Tomei um gole, joguei o resto em mim! Banhei o corpo, para exalar perfumes da alma.
Naquela garrafa de vinho que tomamos na última primavera, coloquei as flores colhidas no caminho: um ramo de jasmim-estrela, uma rosa vermelha e ainda uma flor de maracujá.
Subi, e lá estava meu quarto, como que por encanto, intacto, parecia mesmo ter sido zelado por alguma mãe minha.
Na parede, em um cabide, meu vestido... bordado, renda, fitas coloridas...  perfeitamente feito pra girar na vida!!!, pensava eu, enquanto ia vestindo. Em cima da cama, numa folha de papel, o recado advertia : o tesouro está no baú... eu não tinha nenhuma chave, e o baú também não parecia ter fechadura, era bonito, de aspecto maciço, quando minha mente dava os primeiros sinais de angustia, ao pensar oh! céus, como abrirei o meu tesouro? escutei : o tesouro é teu, é teu sim, não precisa de chave, o que é teu abre fácil... respirei, respirei e respirei mais um bocadinho e o báu se abriu, nele estava minha coroa e meu tambor... e agora aqui estou a tocar!

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