sábado, 3 de março de 2012

Pra minha mãe...

Que o Amor real...
esse que não tem medo de feíura,
dissolva tudo que não for verdadeiro.
Que nossa constelação familiar se ilumine,
Trazendo compreensão sobre essa divina loucura.
Que a sua beleza e a sua arte transbordem,
senão agora , assim que possível for.
Que nós, eu e tu, tu e eu...
continuemos,
mesmo depois de mil léguas...
mesmo depois de mil lágrimas...
Que o descanso seja permitido,
nunca menos que o necessário,
Que o nosso mal e nossa raiva,
que a nossa seiva preta de orgulho,
nos torne conscientes de que somos humanas,
feitas do mesmo barro e do mesmo sopro que qualquer homem ...
rei ou assassino, feliz ou triste.
Que o sorriso frouxo, sincero e disposto,
não se perca...
mas que as lágrimas tenham nosso respeito.
Que a força de nossas pernas encontrem chão.
Que nos livremos de excesso de babagem,
aqui, os poucos e bons, mostram seu valor.
Que nos desapeguemos de quinquilharias físicas, psíquicas...
Que sejamos enfim, lobas leais...
leais a nós mesmas...
leais a nossa liberdade,
cada dia um pouco mais...
disciplinadas, discípulas de nosso próprio ritmo... passo-a-passo.

Te amo mãe... é muito bom, saber que não é fácil... mas vale cada gota, sermos nada mais, nada menos do que somos...

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