quinta-feira, 11 de outubro de 2012

Born to die...

E continuo a perceber que quem quiser encontrar o tesouro terá que atentamente ler o mapa, em si e em todo o seu redor.
2012 vem sendo um ano bom, muito aquém do que a fantasiosa fábrica de saltos quânticos, mas vem sendo um ano bom, tantas coisas já se passaram cá dentro de mim, sentimentos vulcânicos, sentimentos apáticos, muito lixo também, o pior da humanidade correndo em nossas veias psíquicas.
Viver é perigoso, buscar uma receita para se defender do perigo é pior ainda. Escrever também é perigoso, nenhuma só palavra fica, a onda do mar sempre lava, embaralha tudo e devolve á areia novas letrinhas.
Nesse movimento, já fui e já voltei, já fui e já voltei... construí muros, levantei bandeiras, comprei brigas, enfraqueci as pontes e jurei crescer... mas me parece que a gente só cresce crescendo e que das pontes sólidas a gente precisa sim e muito.
E se eu quiser feliz haverei de cultivar alguma humildade e dar os cadinhos de meu amor, um sorriso aqui, um telefonema, um olhar, uma atenção, a facilidade de seguir em frente deixando o vento tocar os sinos das boas novas.
Eu quero é derramar água limpa na minha vida... lavar bem os olhos, pra enxergar melhor a alma das pessoas, a natureza real de tudo que vive e respira.
Menos euforia, mais suave alforria.
Eu agradeço a força, a luz, a inteligência, a beleza, o desafio... "o segredo é que não há segredos, mas não revele o mistério a ninguém..." é tipo isso, como no Kung Fu Panda, o ingrediente especial da sopa especial não existe e no fim do filme quando ele desenrola o pergaminho, esse está em branco, revelando que o segredo é ser-se e nada mais.... é disso que a gente esquece, mas que pode sempre se lembrar.
Se eu mesma corrompi meu amor, minha alegria, a eles eu quero hoje retornar, deixar o coração sossegar...
Seja eu a criança pequenina bailando de mãos dadas com a vida... celebrando o primeiro passo... caindo... perdendo o medo da ilusão... pintando a cara do "boi da cara preta" de sete cores.
Tenho muito a fazer, todo dia de novo e outra vez, um dia sim e no outro também... quero trabalhar, estudar, comunicar-me com excêlencia, navegar na interdepêndencia.
Saudar o Sol, descansar com a lua.
Revelar-me nua.
Porque um dia (eu espero que demore) esse corpo vai virar comida de planta... adubo pra terra do cemitério, antes desse dia chegar eu quero amar, parir, rezar e comer.
 


A vida e até mesmo a essa ilusão que nos cega, meu eterno agradecer... é no meio desse turbilhão que germina a semente do nosso triunfo... ETERNA LIBERDADE.

Um comentário: