quinta-feira, 15 de novembro de 2012

Parecer é perecível...


Tenho vivido dias profundos...
Tenho caminhado no território selvagem de minha alma... no meio dessa floresta, como frutos desconhecidos, as vezes amargos, me deparo com seres outrora em baús guardados... eu os liberto pelo simples desaguar de compaixão...
As vezes a compaixão me arrebata e compreendo a jornada, a brincadeira, o meu lugar no tabuleiro do jogo Divino...
Só... tão só... me sinto uma beduína atravessando o deserto... sedenta por beber a paixão de minha alma... sedenta e entregue a cada passo, sem me importar se no final encontrarei água...
Experimento a minha imensidão... lado a lado com a pequenez humana, sempre preocupada em fazer, fazer, fazer, parecer, parecer e mendigar algum amor... exausta, me liberto... não tenho a pretensão, (tensão! lê bem direitinho  - pré- tensão!) de viver uma saga... não tenho mais a pretensão de nada, eu me entrego e Tu que sabes, fazes de mim o que quiser... mas por gentileza, me organiza e me tranquiliza, coloca cada coisa em seu lugar, e eu sei que não é pedir demais...
Mergulho em águas profundas... e delas também saio desperta para o mundo... pronta, vulnerável e de cara limpa...
Algumas coisas ficam longe... feito houvessem paredes de vidro... eu as enxergo, mas não consigo colocar lhes minhas mãos...
Escolho parar de brincar de esconde-esconde...
Vou para o centro da roda...
Deixo que o que é meu me alcance...
No centro eu posso ver... velhos eus se despedindo... a liberdade me abençoando...
A liberdade me abençoando... a liberdade me abençoando...
Enquanto isso, encontro um tempo para cozinhar sem pressa...
Enquanto isso, preparo um vestido de festa...
Enquanto isso eu finjo ter paciência...
Enquanto isso deixo de lado a fantasia....
Enquanto isso Eu Sou.



p.s : Descobri que sim, eu levaria beterrabas para uma praia deserta...

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