domingo, 11 de setembro de 2011

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doçura e paciência... doçura e paciência... doçura e paciência... doçura e paciência... mais doçura e ainda mais paciência... COMIGO!
nesse momento da minha vida, eu escolhi paciência, principalmente porque as vezes eu não entendo o que se passa, e não é só o fato entender mentalmente , é um desconforto existencial, a agonia de me identificar com uma identidade do que quer seja... doçura e paciência pra mergulhar na lama do que está escondido...

O paradoxo é que somos ensinados a perdoar, somos ensinados a perdoar, por quem ainda sequer algum dia perdoou... foi assim que eu me perdi, tentando perdoar, eu escondi a minha dor... tentando ignorar um ou outro, foi que eu fiquei sem chão, a gente fica sem chão quando fica sem origem... e se você é não encara de frente uma dor, você não vai encarar de frente mais nada na sua vida, pelo menos comigo foi assim...

A MINHA GESTAÇÃO NÃO TEVE PAZ... emocionalmente falando era assim um umbral, é isso, fui gestada em um umbral emocional... e talvez seja isso engasgado na minha gartanta, é esse o guardião que tranca o tesouro, tesouro da vida, é a dor engolida que senta em cima do baú... a gestação foi um umbral, a infância foi um inferno, porque como eu carregava a dor de não me sentir querida, eu já puxava comigo desde de beeeeeem nova um caminhãozinho de orgulho...

O R G U L H O, a minha dose cavalar desse material já estava bem formada aos nove meses de gestação... então a palavra de ordem sempre foi desassossego...

Na adolescência na tentativa de encontrar o jardim do Éden junto ao meu pai, foi que o orgulho me dominou, e fui lá eu , tomar chá, rezar, cantar um beabá bem decorado, o importante era que nada fora do script me cutucasse, aí eu consegui temporariamente um pouco de paz, eu bebia chá, cantava hino, repetia as palavras do meu pai e daqueles em que ele colocava algum crédito, e assim podia ficar tranquila naquele piloto automático, uma casca bonita e um espírito escondido, bem aparetemente feliz por um lado, mas lá em casa o pau comia, pra minha mãe eu mostrava a raiva minha... o meu pai eu via só nas sessões e alguma vez ou outra que ele passava na porta da minha casa pra me ver sorrir ou chorar, se eu chorasse ele me dizia pra perdoar ele e não ser igual a minha mãe, não ser vítima.... e a brincadeira séria, durou alguns anos em desconforto crescente, chegando ao insuportável...

(continua na semana que vem...) ou não...
e olha, se quiser ser meu amigo, se quiser rir ou chorar comigo, ou qualquer outra coisa, a gente pode se gostar, MAS EU NÃO PRECISO DA SUA ADMIRAÇÃO.... e se quiser saber meu mantra preferido é FODA-SE!

                                                                                                       

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