quinta-feira, 8 de setembro de 2011

doçura, leveza, grandeza e paciência...

“será permitido guardar uma leve tristeza, e também uma lembrança boa; não será proibido confessar que às vezes se tem saudades; nem será odioso dizer que a separação nos traz um sentimento de alívio e de sossego, mas traz tambem um indefinível remorso. (…) E que houve momentos perfeitos que passaram, mas não se perderam. Ficam em nossas vidas..."

é assim esse sentimento paradoxal de estar longe e estar perto, ainda me visita, as vezes ainda penso como seria se a minha fantasia tivesse dado certo, e outrora me sinto completa nesse presente.. as vezes é alívio, as vezes agonia...

ainda insisto em não focar o suficiente, e ainda teimo em comer um pacote de biscoito, assim de uma vez só... e fica bem claro que isso não aconteceria se me olhasse com mais doçura, leveza e grandeza, e mais doçura, leveza e grandeza, e ainda um pouco mais de doçura, leveza e grandeza, e ainda um muito mais de doçura, leveza e grandeza... e arrematasse esses três ingredientes com uma taça bem-servida de paciência, a mais antiga das paciências, a paciência que me trouxe até aqui, a paciência sempre paciente, que não está nem aí pra ilusão humana, a paciência sabe o que sabe, e não se permite sair do seu lugar, privilegiado lugar do qual a paciência testemunha de camarote o desabrochar de cada flor...


eu ainda brinco de desafiar o tempo e perder a hora... e depois saio correndo atras do minutos que me restam... eu ainda brinco de não escrever detalhadamente as contas do mes, os gastos do dia, a contabilidade da semana... é eu ainda brinco... ainda brinco de não reconhecer que cresço, e permanecer na pressa, e não curtir o ritmo do apreço...

doçura, leveza, grandeza e paciência para ver nascer a flor... percebo que é isso, nenhum problema a ser resolvido, amar basta, o resto vem, o resto se faz...

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